(Foto: Aline Neumann / Terapeuta Holística)
Vivência Sistêmica é um método – ou abordagem sistêmica, desenvolvido pelo filósofo, teólogo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, que, a partir das suas experiências, desenvolveu técnicas que identificam problemas e buscam soluções, pela ordem do amor – pertencimento, hierarquia e equilíbrio nas relações.
As vivências sistêmicas são voltadas a todos que buscam autoconhecimento e a possibilidade de solução dos emaranhamentos pessoais, familiares e profissionais.
As Leis Sistêmicas, chamadas por Bert Hellinger de Ordens do Amor exercem papel fundamental no equilíbrio e manutenção do sistema familiar. Essas Ordens são compostas por três Leis: Hierarquia; Pertencimento e Equilíbrio de Troca.
Uma relação equilibrada, quando ambas as pessoas compartilham mutuamente, dando e recebendo aquilo que cada um é capaz, é uma relação que promove o amadurecimento a liberdade e o bem-estar.
Entre casais cuja dinâmica compromete a Lei do Dar e Receber, um dá mais ao outro do que ele ou ela possam retribuir, prejudicando assim, o equilíbrio de troca. Nesse caso quem deu demais, sente-se no direito de cobrar e quem recebeu demais, sente-se na dívida e tem dificuldade de permanecer na relação.
Muitas vezes, num relacionamento afetivo quem deve e não consegue pagar, acaba indo embora. Isso diz respeito a tudo que se possa dar ou receber: carinho, cuidado, dinheiro, atenção, compreensão, tempo, proteção, tolerância, etc.
Quem deu em excesso também é responsável por sua atitude, pois ao dar demais acabou desrespeitando o outro na sua dignidade.
Isso acontece também quando queremos dar em excesso a algum irmão ou mesmo aos próprios pais. Por exemplo, dando mais dinheiro do que possam receber ou fazendo coisas que eles poderiam e deveriam fazer por si próprios.
Muitas vezes ao fazer isso trazemos uma intenção consciente ou inconsciente de sermos vistos, amados, aceitos e reconhecidos. Entretanto, sem perceber acabamos causando incômodo aos outros e o reconhecimento que tanto desejávamos não acontece.
Acreditamos então que a outra pessoa está sendo ingrata, ou seja, responsabilizamos o outro por nossos excessos.
Somente numa relação de pais para filhos esse desequilíbrio não se verifica, pois os pais sempre terão dado mais aos filhos do que recebido deles. Os pais deram a vida aos filhos, mesmo que isso tenha acontecido em circunstâncias materiais, emocionais ou comportamentais desfavoráveis.
Mesmo que esses pais possam ter se comportando de maneira mesquinha, infantil e hostil, ainda sim, os filhos nunca poderão retribuir aos pais pelo dom da vida que receberam deles.
Os filhos só poderão caminhar com equilíbrio e força na vida se aceitarem o fato de que receberam mais dos pais e de seus antepassados por terem lhes transmitido a vida.
Ter gratidão pela vida é reconhecer, antes de tudo, que ela chegou a nós por intermédio dos nossos pais e antes deles pelos pais deles e, assim, sucessivamente, independentemente de como eles, fizeram ou deixaram de fazer.
Para Refletir:
Minhas relações de troca são equilibradas ou tenho a sensação de que recebo mais do que posso retribuir ou de que dou mais do que recebo?
Na família percebo meu limite na relação de troca com meus pais e irmãos e sei respeitar os deles?
Reconheço que as pessoas que mais me deram foram meus pais ou fico no ressentimento daquilo que não puderam me dar?
Estou satisfeito (a) com as trocas em meu ambiente de trabalho na relação com a empresa, colegas e superiores?
Minhas relações afetivas levam em consideração a minha capacidade de dar, mas também de receber sem que para isso tenha que me sentir devedor ou credor?
E aí, o que achou do Equilíbrio dentro das ordens do amor?
Próxima semana vamos ver Pertencimento !
Com carinho,
ALINE DE QUADROS NEUMANN
Psicoterapeuta Integrativa Quântica e Consteladora Sistêmica Familiar
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