(Foto: Google imagem)
Desde a criação do Plano Real, a moeda brasileira perdeu 87,62% de seu valor. Em 30 anos, a inflação acumulada atingiu 708,01%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE. Isso significa que R$ 1 em 1994 vale hoje R$ 8,08. No entanto, essa depreciação não implica que a população ficou proporcionalmente mais pobre, pois o poder de compra também depende da elevação dos salários.
A inflação acumulada reduziu o poder de compra ao longo dos anos, afetando itens do dia a dia. Por exemplo, algo que custava R$ 12,38 em 1994 hoje custa R$ 100. A economia se adapta às variações da inflação e da alta do câmbio, com a reposição dos salários e ajustes na cadeia produtiva. Em 2023, 77% das negociações salariais resultaram em aumento real, percentual que subiu para 85,2% até maio deste ano.
A inflação global, especialmente no pós-pandemia de COVID-19, é explicada por problemas como a ruptura das cadeias produtivas, mudanças geopolíticas, guerras regionais e mudanças climáticas. Os instrumentos tradicionais de política monetária, como juros altos, têm sido insuficientes para conter a inflação, que é impulsionada por choques externos. Em 2024, a inflação começou o ano desacelerando, mas voltou a subir devido a enchentes e seca em diferentes regiões do Brasil. O IPCA acumulado em 12 meses caiu de 4,51% em janeiro para 3,69% em abril, mas subiu para 3,93% em maio.
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