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Educação Publicada em 13/07/23 às 08:08h
Valor, bolsas e vagas: o que você precisa saber sobre o Universidade Gratuita Projeto de lei que instaura o Universidade Gratuita foi aprovado na Alesc (Assembleia Legislativa) na terça-feira (11)
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Fonte das Noticias: ndmais.com.br |
(Foto: ndmais.com.br) O programa Universidade Gratuita pagará bolsas para estudantes de universidades particulares e comunitárias a partir do segundo semestre de 2023. O objetivo do Governo do Estado é conceder, até 2027, 71 mil vagas para universitários em Santa Catarina.
O projeto de lei que instaura o Universidade Gratuita foi aprovado na Alesc (Assembleia Legislativa) nesta terça-feira (11). O ND+ explica como funcionará a iniciativa.
O que é o Universidade Gratuita?
O objetivo do programa é oferecer vagas gratuitas em universidades particulares e comunitárias para estudantes de Santa Catarina até 2027. Em troca, os estudantes beneficiados devem realizar serviços para a população em sua área de formação, durante ou após a graduação.
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A princípio, em 2023 serão ofertadas até 28,5 mil vagas e em 2027, o número pode chegar a 71,250 mil.
O controle do cumprimento dos critérios e regras para o estudante ser e permanecer beneficiado pelo Universidade Gratuita ficará a critério de comissões de fiscalizações, criadas dentro de cada universidade parte do programa.
Qual o valor da bolsa do Universidade Gratuita?
- 2º semestre de 2023: R$ 216.989.500,00 para oferecer até 28.500 vagas;
- 2024: R$ 663.290 para ofertar até 42.750 vagas;
- 2025: R$ 887.062.500 para ofertar até 57.000 vagas;
- 2026: R$ 1.138.860 ofertar até 71.250 vagas;
- 2027: R$ 1.138.860 ofertar até 71.250 vagas.
Para quais universidades o programa vale?
- Furb;
- Uniplac;
- Univali;
- Unesc;
- Unibave;
- Unidavi;
- Unifebe;
- Univille;
- Unochapecó;
- Universidade do Contestado;
- Centro Universitário Católica SC;
- Uniarp;
- Unoesc.
O programa Universidade Gratuita vai valer para quais cursos?
As vagas do Universidade Gratuita serão destinadas principalmente aos cursos que, segundo definição do governador Jorginho Mello, pertençam a áreas de conhecimento que promovam o desenvolvimento do Estado.
Além disso, do total de vagas ofertadas pelo Programa Universidade Gratuita no mínimo, dois terços serão destinadas para cursos presenciais e um terço para os cursos à distância.
O que pode fazer o estudante perder a bolsa?
- Não preencher os critérios de seleção – perde a bolsa
- Não fazer a contrapartida – perde a bolsa e tem que devolver o dinheiro investido para o Estado
- Falsificar documentos, títulos, papéis públicos ou informações – perde a bolsa, tem que devolver o dinheiro para o Estado e fica impedido de se candidatar por até 10 anos
- Coordenar, incentivar ou praticar trote contra calouros – perde a bolsa, tem que devolver o dinheiro para o Estado e fica impedido de se candidatar por até 10 anos
- Cometer crime cuja pena aplicada for privativa de liberdade por tempo superior a quatro anos – perde a bolsa, tem que devolver o dinheiro para o Estado e fica impedido de se candidatar por até 10 anos
Como funciona a contrapartida do estudante?
- Todo estudante tem que dar contrapartida, exceto no caso de pessoas com deficiência com impossibilidade comprovada.
- Prestação de serviço à população do Estado
– No local e nas condições a serem estabelecidos por meio de termos de colaboração do Estado com cada instituição universitária, – Durante o período de duração do benefício ou até dois anos após o término do recebimento da última parcela da assistência financeira
- Ressarcimento da integralidade do valor investido pelo Estado, proporcionalmente ao tempo em que permaneceu matriculado na instituição universitária, de maneira parcelada
Quais os critérios de seleção para a bolsa?
- Renda familiar per capita mensal;
- Possuir renda familiar per capita inferior a:
– Oito salários mínimos nacionais, no caso dos estudantes matriculados no curso de Medicina, ou – Quatro salários mínimos nacionais, no caso dos estudantes matriculados nos demais cursos;
- Situação de desemprego do aluno e/ou responsável legal;
- Gastos familiares mensais com habitação e educação;
- Gastos familiares mensais com tratamento de doença crônica;
- Ser natural do Estado ou residir nele há mais de cinco anos;
- Ser a 1ª graduação cursada com recursos públicos estaduais, sem considerar os cursos de licenciatura curta;
- Preferencialmente ter cursado o ensino médio ou equivalente em escolas das redes públicas de ensino catarinenses ou de instituições privadas, com bolsa integral ou parcial.
O que a comissão de fiscalização pode cobrar?
- Desempenho acadêmico de, no mínimo, 75% de aproveitamento escolar no conjunto das disciplinas cursadas no semestre letivo antecedente; e
- A contrapartida do estudante para o Estado
- A comissão de fiscalização poderá exigir dos estudantes, por amostragem, laudo com resultado negativo de exame toxicológico, a ser custeado pelo Estado, na forma prevista em decreto do Governador do Estado.
Como será formada a comissão de fiscalização?
- Dois representantes da instituição universitária, por ela indicados para cumprirem mandato de dois anos;
- Dois representantes da entidade representativa dos estudantes, por ela indicados para cumprirem mandato de um ano;
- Dois representantes de organizações da sociedade civil, estabelecidas no Município – Sede da respectiva instituição universitária, indicados pelas mantenedoras das instituições universitárias para cumprirem mandato de dois anos;
- Um representante indicado pela SED, dentre os servidores lotados na Coordenadoria Regional de Educação em cujo território esteja localizada a instituição universitária.
O que é responsabilidade da universidade?
A universidade decide se admite novos estudantes no Programa Universidade Gratuita anual ou semestralmente.
As instituições de ensino também têm contrapartidas, já que, a cada dois alunos pagos pelo Estado, a Acafe garantirá a gratuidade das mensalidades aos estudantes admitidos no programa até o limite orçamentário.
Entre as atividades que as universidades precisam cumprir estão: promover programas de formação continuada para profissionais da educação da rede pública estadual de ensino e implementar processo seletivo padronizado como forma de ingresso de seus estudantes até 2026.
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