(Foto: Google imagem)
Data mais apaixonada do calendário, o 12 de junho é celebrado todos os anos no Brasil como “Dia dos Namorados”. Mas a escolha por essa data não foi em vão, e apesar de todo romantismo e sentimento de união e afeto, há também um viés comercial por trás.
A origem da data passa pela Igreja Católica, através da história de vida de São Valentim. Padre do Império Romano, à época governado pelo imperador Cláudio II, ele, assim como os outros párocos e soldados, estava proibido de se envolver amorosamente. A justificativa para os religiosos, que se estende aos dias atuais, é de que somente a igreja deve ser o foco.
Indignado com a ordem, Valentim passou a celebrar casamentos proibidos de soldados do Império Romano às escondidas. Depois de oficializar algumas uniões, ele acabou descoberto e preso, a mando de Cláudio II. O imperador, então, pediu para que Valentim escolhesse entre renunciar a sua fé ou morrer. Ele foi apedrejado e decapitado.
Os registros para a canonização dele são datados durante o pontificado de Gelásio I (492-496). À época, o papa também havia decidido que uma festa fosse realizada todo dia 14 de fevereiro em sua memória. Daí a explicação para o “Valentine’s Day” nos Estados Unidos.
Por trás do amor, o comércio
No Brasil, no entanto, a escolha pela data do 12 de junho também passa por um motivo relacionado à economia.
No ano de 1949, o publicitário João Doria, pai do ex-prefeito e governador de São Paulo de mesmo nome, levantou a frase “Não é só com beijos que se prova o amor” em uma campanha e instituiu a comemoração no sexto mês do ano.
A estratégia foi uma tentativa de reverter, no comércio, o quadro de poucas vendas naquele período. E é usada até os dias de hoje.
Professora e historiadora, Thalyta Rafaela de Oliveira chamou atenção para um terceiro motivo para a escolha da data. “Aqui no Brasil, a origem da data está relacionada com o comércio, uma vez que nessa época do ano as compras eram muito ‘fracas’. João Doria escolheu o dia que antecede o dia de Santo Antônio, conhecido por ser considerado o santo casamenteiro”, disse.
Ela fez uma comparação entre a comemoração nacional e a que acontece ao redor do mundo, reforçando a tese comercial brasileira.
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