A fala foi feita em tom de pressão à Nicolas Maduro, que foi anunciado como reeleito pelo órgão eleitoral. A declaração de Corina foi dada à agência de notícias EFE nesta segunda-feira (12).
''Sei que teremos um novo presidente'', disse. ''Edmundo González será o novo chefe de Estado e o novo comandante das Forças Armadas, e isso depende do que todos nós fizermos, dentro e fora do país, confio no povo da Venezuela'', acrescentou.
Corina chamou vitória de Maduro como a ''maior fraude da história''. A ex-deputada também reiterou o apelo à comunidade internacional e disse esperar que governos estrangeiros façam o ditador venezuelano ''compreender que o está fazendo é inaceitável''.
A oposição acredita em vitória de candidato com 67% dos votos. O partido opositor recolheu as atas de votação manualmente e elaborou uma contagem paralela, que teria indicado que González ganhou de Maduro com uma vantagem de 4 milhões de votos.
VENEZUELA EM CRISE
A situação política da Venezuela ficou ainda mais complicada desde a eleição realizada em 28 de julho. A oposição alega ter vencido a disputa, mas o Conselho Nacional Eleitoral declarou vitória de Maduro com 52% dos votos.
As atas de votação não foram apresentadas e a suspeição levou manifestantes às ruas. Eles protestam porque o órgão eleitoral é composto de aliados do ditador e existem a reclamação de resultado forjado.
As forças de segurança usaram a violência para responder às manifestações e dezenas de pessoas morreram. A informação é da ONG Provea. No sábado (10), o Conselho Nacional Eleitoral informou que o resultado será "inapelável".
O Brasil informou que não reconhecerá a contagem de votos sem a apresentação das atas. A divulgação do documento é cobrada por diversos países que pressionam o país.
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