Eu não sei por que isso acontece. Vai ver o Paulo Coelho tem razão quando diz que, quando é para ser, o Universo conspira a favor. Mas é fato que tudo conspirou para que Estêner Soratto ganhasse essa eleição. Até Bolsonaro esteve pela primeira vez em Tubarão.
Foi assim também quando o pai dele venceu a eleição de 1988. Naquele ano, para ajudar, surgiu um jogador no Vasco com o nome Sorato, que marcava gol em tudo quanto é jogo. Era ligar a televisão e lá estava Sorato, o goleador, em evidência em todos os canais.
Mais sorte ainda teve Genésio Goulart, na eleição de 1996. Um pouco antes de começar a campanha, a Globo lançou a novela O Rei do Gado, um grande sucesso, cujo personagem principal lembrava fisicamente o então candidato, que logo recebeu o mesmo apelido.
A eleição de Irmoto Feuerschuette, em 1992, cuja candidatura esteve impugnada até pouco antes da eleição, também entra nesta conta do quando é pra ser, nada segura. Como a de Olavio Falchetti, em 2012, que derrotou o prefeito, um ex-prefeito e um deputado.
Ou a de Carlos Stüpp, que venceu em 2000 após Estêner Soratto, o pai, abrir mão da sua candidatura e apoiá-lo, num gesto que lhe abriu o caminho para vencer Genésio Goulart. E a de Joares Ponticelli, em 2016, uma virada que parecia improvável sobre Stüpp.
Nada tiraria a vitória de Soratto este ano. Desde a Operação Mensageiro, o caminho ficou aberto para o deputado colocar seu nome. Até Salvaro foi preso e fez Bolsonaro vir em Criciúma fazer campanha, passando por Tubarão. Tudo conspirou a favor de Soratto.
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