Segundo o pneumologista Rafael Faraco, médico responsável pela equipe de pneumologia do Hospital São Luiz da rede D´Or, em São Paulo, a broncopneumonia e pneumonia são sinônimos para a mesma doença.
"Antigamente, havia uma divisão entre os termos, mas hoje ambos são usados para descrever o mesmo quadro", afirma.
Faraco explica que a a broncopneumonia é uma infecção nos brônquios e alvéolos dos pulmões, que são as áreas responsáveis pela troca gasosa.
É nesses locais em que o oxigênio que respiramos passa para o sangue e o dióxido de carbono é eliminado na expiração.
A inflamação dessas estruturas dificulta a troca gasosa, o que pode levar a complicações graves, como dificuldades respiratórias e até a morte.
A broncopneumonia ocorre principalmente em decorrência de infecções prévias, principalmente por vírus, como ocorreu com o apresentador Silvio Santos, que estava internado por H1N1.
"A infecção viral que vem antes da pneumonia diminui a defesa local dos pulmões. Com isso, as bactérias causadoras de pneumonia chegam e são menos combatidas porque o sistema já está fragilizado", afirma Faraco.
Além da inflamação dos pulmões (pneumonia) , a infecção bacteriana pode atingir outras partes do corpo, como nos seios da face (sinusite) ou nos ouvidos (otite).
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O que é broncopneumonia?
A broncopneumonia é uma forma de pneumonia que consiste na inflamação dos brônquios e bronquíolos.
Segundo a Rede D'Or, a doença pode ser localizada em apenas alguns pontos do pulmão ou afetar todo o órgão.
O que causa broncopneumonia?
As principais causas incluem infecções bacterianas, principalmente por Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, e bactérias Gram-negativas. É possível também que seja causada por vírus.
No caso do apresentador Silvio Santos, a complicação ocorreu em razão de uma infecção de H1N1, uma cepa do vírus influenza A.
Fungos também podem ser outros agentes infecciosos, principalmente em pessoas com sistema imunológico comprometido.
Quem tem mais risco de ter broncopneumonia?
Idosos, como no caso do apresentador Silvio Santos, são um dos principais grupos de risco para a broncopneumonia devido à redução natural da imunidade com o envelhecimento.
Recém-nascidos também são um grupo de risco, porque o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento.
Pessoas com doenças crônicas, como diabetes, insuficiência renal, ou que estejam em tratamentos como quimioterapia, têm um risco aumentado de complicações.
Pacientes com doenças autoimunes, especialmente aqueles em tratamento com medicamentos imunossupressores, também fazem parte do grupo de risco.
Quais são os sintomas?
As manifestações mais comuns da broncopneumonia incluem:
febre alta;
tosse com catarro;
dificuldade para respirar;
dor no peito;
fadiga;
confusão mental (especialmente em idosos).
Em casos mais graves, um quadro em que a pessoa adquire uma coloração azul (cianose) devido à falta de oxigênio pode ocorrer, além de desconforto respiratório grave.
Como prevenir a broncopneumonia?
Para prevenir a broncopneumonia, é recomendado:
vacinação contra a gripe e pneumococo;
práticas adequadas de higiene, como lavar as mãos com frequência;
evitar contato com pessoas infectadas;
manter alimentação balanceada;
fazer atividades físicas regularmente.
Como funciona o tratamento?
O tratamento envolve o uso de antibióticos para combater a infecção bacteriana, além de medicamentos que aliviam os sintomas, como antitérmicos e analgésicos. Também pode ser necessário o uso de antiinflamatórios para aliviar a inflamação.
Em casos graves, pode ser necessário suporte ventilatório ou internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Em alguns casos, pode ser necessária a fisioterapia respiratória, uma vez que pode ocorrer o acometimento do pulmão e suas estruturas, segundo a Rede D'Or.
Quais são as chances de sobrevivência?
A chance de sobrevivência na broncopneumonia depende da gravidade da infecção, da rapidez do início do tratamento e das condições de saúde do paciente.
Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas se recupera completamente.
Contudo, casos graves, especialmente em grupos de risco, podem levar a complicações severas e até à morte.
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